sábado, 6 de fevereiro de 2010

Tem vezes;

Tem vezes que o sol não nasce. Sem explicação, você o espera na janela, o tempo passa, todos passam, mas o sol não nasce. Você se pergunta o porquê de tudo isso, mas não vê explicação nenhuma, então você pensa, “ele vai nascer mais cedo ou mais tarde”, e segue sua vida.
Tem vezes que as flores não desabrocham. Você cuida delas, dá toda sua atenção para elas, mas no final elas não aparecem, e você pensa, “ela não deve estar pronta para desabrochar”, e continua cuidando delas até elas morrerem, mesmo que elas nunca mostrem sua real beleza para você.
Tem vezes que o irritante não irrita. Você está em um fila enorme, com um bebê chorando atrás de você, um cara que fede na sua frente e seu mp3 está sem pilha. Você observa a criança e o homem e pensa, “uma hora o cheiro some e ela para de chorar...”, e continua pensando no que fazer da sua própria vida.
Tem vezes que a chuva não para. A chuva cai sem parar, alaga tudo a sua volta, afoga o que é precioso pra você e tudo que você não conseguiu proteger acaba sendo destruído. O céu se fecha e você não vê mais nada à sua frente, nada além de toda aquela escuridão. Então você pensa, “ela vai parar um dia...”, mas continua se molhando na porta, como se esperasse que algo mais viesse naquela chuva.
Tem vezes que você está sozinho. Simplesmente sozinho, sem ninguém para dizer para lhe dizer que o sol resolveu tirar uma folga e deixar você iluminar o dia de todos, ou para dizer que as flores deixaram você tomar conta da beleza do ambiente, para divertir você quando você precisa, ou para tirar você da chuva e te deixar quente no frio. Você está sozinho, e a única coisa que consegue pensar é: “eu estou melhor assim, não preciso de ninguém para me ajudar a viver.”, mas no fundo sabe que tudo é uma grande mentira.
Tem vezes que você precisa de alguém;

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